A cigarra,tendo cantado
o verão inteiro,
encontrou-se,quando chegou o vento
glacial do inverno,desprovida,
de um pedacinho sequer de verme
ou mosca para comer.
Foi então,chorar faminta
à porta da formiga,sua vizinha,
para implorar um grão que fosse
para não morrer de fome-
Eu vos pagarei com juros
e correção,palavra de animal.
A formiga nada gosta de emprestar,
e este é o seu menor defeito.
Que fizeste durante o calor?
perguntou à imprudente.
Noite e dia eu cantava,
respondeu a cigarra.
Ah,cantavas?`
Pois bem,então
porque não danças agora?
(Adaptação minha das "Fables de la Fontaine")
_Diz a sabedoria popular que quanto maior a altura,maior o tombo,e muitos países e pessoas que acharam que o crédito e a "gastança" não teria fim,estão como pobre cigarra a espichar a mãozinha por um dinheirinho,uma ajudinha para não quebrar.