Feliz Natal!Ótimo 2011!



Um feliz Natal a todos e um ótimo 2011.Estamos de férias do blog até o começo de Janeiro.E 2011 será um ano de mais postagens,de'retomada'.
Um grande abraço a todos que visitam nosso canto,mesmo que esse blogueiro aqui tenha sido 'relapso' em visitar os blogs dos amigos.Saudações!

Música-Vete de mi (Homero e Virgilio Esposito)-Caetano Veloso



Tú, que llenas todo de alegría y juventud
Que ves fantasmas en la noche de trasluz
Y oyes el canto perfumado del azul
Vete de mí
No te detengas a mirar
Las ramas muertas del rosal
Que se marchitan sin dar folr
Mira el paisaje del amor
Que és la razón para soñar y amar
Yo, que ya he luchado contra toda la maldad
Tengo las manos tan desechas de apretar
Que ni te puedo sujetar
Vete de mí
Seré en tú vida lo mejor
De la neblina del ayer
Cuándo me llegues a olvidar
Como és mejor el verso aquél
Que no podemos recordar

Prodígio de letra e melodia na interpretação perfeita e tocante de Caetano.
Para os que já se apaixonaram ou estão se apaixonando.

Uma saudação a Julian Assange,herói da nossa triste 'pós-modernidade'



Elegia 1938

Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.

Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.

Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.

Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.

Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.

Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século, a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.

(Carlos Drummond de Andrade)