O hábito de estar aqui agora
aos poucos substitui a compulsão
de ser o tempo todo alguém ou algo.
Um belo dia(por algum motivo
é sempre dia claro nesses casos)
você abre a janela,ou abre um pote
de pêssegos em calda,ou mesmo um livro
que nunca há de ser lido até o fim
e então a idéia irrompe,clara e nítida:
É necessário?Não.Será possível?
De modo algum.Ao menos dá prazer?
Será prazer essa exigência cega
a latejar na mente o tempo todo?
Então por quê?
E neste exato instante
você por fim entende,e refastela-se
a valer nessa poltrona,a mais cômoda
da casa,e pensa sem rancor:
Perdi o dia,mas ganhei o mundo.
(Mesmo que seja por trinta segundos)
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2 comentários:
nina
27 de março de 2009 às 10:29
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1
Olá, obrigado pelo comentário.
Não conheço muitos poetas brasileiros e... este confesso que não conhecia. Gostei! Escrita simples, fluída e com sentido. Gostei do seu blog e virei aqui (concerteza) mais vezes. Um Abraço
Unknown
27 de março de 2009 às 10:39
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1
muito obrigado,Nina.
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