Entre mim e mim,há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar,e investiga o elemento que a atinge.
Mas,nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria existência,e contemplei-a.
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus,isto é a minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...
(Cecília Meireles)
Marcadores: CECÍLIA MEIRELES, Noções, poema, POESIA BRASILEIRA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
nina
5 de maio de 2009 às 19:29
Permalink this comment
1
Cecília Meireles, uma SENHORA, uma grande poetisa e mulher
Unknown
5 de maio de 2009 às 21:28
Permalink this comment
1
Cara Nina,acho Cecília não spo uma das maiores poetas brasileiras,mas da literatura mundial.Obrigado pela visita,pelo comentário.e por estar seguindo o meu cantinho .Abraço grande do james.
Daniel C.da Silva
5 de maio de 2009 às 22:51
Permalink this comment
1
um belo poema, sim senhor...
Aquele grande abraço
Danielle Lima
6 de maio de 2009 às 00:52
Permalink this comment
1
Adoro Cecília Meireles! Muito bom seu blog tb! Vou segui-lo!
beijçao!
Unknown
6 de maio de 2009 às 09:13
Permalink this comment
1
Caro Lobinho,é um grande prazer te-lo aqui.Abração do james.
Unknown
6 de maio de 2009 às 09:14
Permalink this comment
1
Danielle,obrigado pela visita e pelo comentário.Abração.
Postar um comentário