Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém,fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim pesa,pondera
Outra parte delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte linguagem
Traduzir uma parte na outra parte
Que é uma questão de vida e morte
Será arte?
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5 comentários:
Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz
3 de setembro de 2010 às 11:58
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a construção do SER é uma arte ... FATO!
grande similaridade nos sentimentos de Ferreira Gullar e Drummond ... acho!
bjux
;-)
Ana
3 de setembro de 2010 às 15:40
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Adoro essa poesia!
Eu tenho ela escrita em uma camisa autografada por ele quando a escola o trouxe para uma palestra. Isso tem uns 20 anos.
Desde então passei admira-lo mais ainda. :)
Bom fim de semana!
Beijos!
Rodrigo B.
4 de setembro de 2010 às 22:19
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Um reflexão sempre tão atual! ^^
Ana
6 de setembro de 2010 às 15:58
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Querido tem um selo para vc lá no Balde :)
Beijos
Cristina Caetano
6 de setembro de 2010 às 20:12
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O que dizer? Amo!
Beijos, querido
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