ROMANCE
Para as Festas da Agonia
Vi-te chegar, como havia
Sonhando já que chegasses:
Vinha teu vulto tão belo
Em teu cavalo amarelo,
Anjo meu, que, se me amasses,
Em teu cavalo eu partira
Sem saudade, pena, ou ira;
Teu cavalo, que amarraras
Ao tronco de minha glória
E pastava-me a memória
Feno de ouro, gramas raras.
Era tão cálido o peito
Angélico, onde meu leito
Me deixaste então fazer,
Que pude esquecer a cor
Dos olhos da Vida e a dor
Que o Sono vinha trazer.
Tão celeste foi a Festa,
Tão fino o Anjo, e a Besta
Onde montei tão serena,
Que posso, Damas, dizer-vos
E a vós, Senhores, tão servos
De outra Festa mais terrena
Não morri de mala sorte,
Morri de amor pela Morte.
(imagem daqui)
11 comentários:
Cristina Caetano
26 de julho de 2009 às 23:19
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Nossa, Mário Faustino! :)
Obrigada.
Beijinhos
Carla Martins
27 de julho de 2009 às 09:57
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Passando pra desejar uma ótima semana! E que a chuva vá embora!
beijos!
Paulo Veras
27 de julho de 2009 às 21:35
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Bela oportunidade tive agora: Não conhecia nada de Mário Faustino. Obrigado amigo. Abraços
Luciano A.Santos
27 de julho de 2009 às 21:37
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James,
acabei de publicar meu post da coletiva, sobre O Homem Nu. Amanhã volto aqui com mais calma.
Abraços.
conduarte
27 de julho de 2009 às 23:22
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"Morri de Amor pela Morte"
lindo o poema.
Obrigada por sua visita.
Boa semana, grande beijo,
CON
ON
N
Luciano A.Santos
28 de julho de 2009 às 08:49
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James,
Não conhecia Mário Faustino, mas gostei muito deste "Romance", ele tem (ou proporciona) um bom ritmo de leitura, muito bem escrito.
Obrigado por estar seguindo o Crônicas da Montanha.
Abraços.
Margarida Piloto Garcia
28 de julho de 2009 às 08:58
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É uma oportunidade fantástica vir aqui ler poetas e autores, uns conhecidos e outros que vou conhecendo.O meu obrigada pelo seu comentário no meu blogue.
Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz
28 de julho de 2009 às 12:03
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Meu Jesus ... acreditas que eu tb nada conhecia de Mario Faustino? e vem vc meu amigo e me aplica logo de cara este "Romance" ... amei a morte ...
delícia vc ...
;-)
Susana Garcia Ferreira
29 de julho de 2009 às 16:25
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bonito esse poema.
beijinhos
Barone
29 de julho de 2009 às 20:35
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Deliciosa a fluidez deste poema.
Alexandre Lucas
1 de agosto de 2009 às 16:21
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Alegrou-me uma tarde de sábado =D
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